Chique Toda Brechó: Destino: Ilha de Maré

"Vou encontrar meu amor, lá na Ilha de Maré.
Vou encontrar meu amor, na Ilha de Maré..."

Pois é galera,

Numa busca incessante por alternativa ao Carnaval de Salvador (onde quem está fora quer entrar...) nos permitimos conhecer lugares maravilhosos que estiveram todo o tempo tão próximo de nós, soteropolitanos, e que nunca fizeram parte dos nossos passeios de férias ou sequer faz parte dos roteiros oficiais oferecidos turistas.

Gringo no suburbio ferróviário de Salvador! Não é uma imgem comum. Mas nós mesmos da terrinha não andar por lá? O azar é todo nosso! Precisou de uma motivação (fuga). Que seja, antes tarde do que nunca. Vamos para lá.

Pegando a BR 324 entramos no viaduto de Águas Claras e seguimos direto pela a estrada da Base Naval. Nosso destino: São Tomé de Paripe. O percurso dava uma impressão de uma estrada interiorana, algo do tipo: ainda estamos em Salvador?

Pois é chegando a São Tomé logo fomos surprendidos com jovens moradores brincando o Carnaval de uma forma bem peculiar: desfilando nas ruas cobertos de lama. Ao me apressar para pegar a câmera, logo se aproximaram para uma pose exclusiva.

Chegando a praça as vagas para estacionar bem disputadas, nos fez optar pelo gentil convite para ocupar o quintal de uma casa pela singela quantia de R$ 8,00 e de brinde sombra, chuveiro para a volta da praia e a simpatia dos donos da casa.

Seguimos então para o pier afim de tomarmos o barco com destino a Ilha de Maré, Baía de Todos os Santos. Lá de cima fica mais fácil apreciar a área privativa da Marinha do Brasil – Praia de Inema – onde foi refúgio constante do ex-presidente Lula durante os oito anos de mandato. A areia: alvíssima. A água: cristalina. Seguimos ao nosso destino.

Na tabela três opções: Itamoabo, Botelho e Santana. O que escolher? Vamos aonde o a maioria vai: Itamoabo.

No caminho não contávamos que fossemos ser seduzidos por um pedacinho de terra em meio a uma vegetação de mangue. Poucas pessoas um paraíso sob o sol de quase meio dia. Ficamos instigados e perguntamos à passageira ao lado: “Que lugar é aquele? Vamos para lá!”

A travessia durou exatamente 26 minutos e ao descer em Itamoabo, literalmente na praia (do outro lado não há atracadouro) andamos cerca de 15 minutos com destino a Praia das Neves – o paraíso sob o sol.

No caminho o manguezal e as pequenas piscinas era um convite quase irresistível. E aos despontarmos na tão desejada praia uma felicidade tomou conta de nós. A maré baixa nos ofereceu uma imensa extensão de areia alva e fresquinha e uma água fresquinha sem ondas. Para crianças, idosos e avessos à “caldos” (rs) era tudo de bom. Na parte dos restaurantes, árvores e gramado para por a toalha e aproveitar o cardápio gostoso e num preço bem camarada. Além claro da simpatia dos “nativos”.

Tanta beleza quase nos fez esquecer que os barcos encerram suas idas e vindas às 17 horas, no domingo (06/03). Hora de voltarmos, gratos a Deus de nos tirar da ignorancia de desconhecer esse pequeno paraíso, tão pertinho de nós.

Fica a dica.